Lúcia Dibo
PAIXÃO
há de se desapegar
de bússolas
pensou
ele
navegar por um oceano
ainda sem nome
fechou seus olhos de gozo
e ancorou seu corpo
no corpo dela
não como quem arde
mas se esgota.
Fotografia: Ilico Kandaveli
A gente se afoga,
docemente,
nás águas desse poema.
“Por oportuno”…
(…)
O que não me fará a imensidão do oceano
quando engolir meu corpo e meu desejo
num vagalhão sedutor e inevitável
transformando-se em definitiva alcova?
E como nesse oceano vou navegar
Vou me orientar pela bússola do tempo
Tentando me concentrar nesse momento
Para nas águas desse lindo poema nos afogar.
O corpo da amada é nosso porto seguro, ainda que tenhamos de tornar mar a mar…
Lindo, Lúcia!
Gama, eu quero dizer que o Estrela Binária tornou-se um saudável hábito para mim. Todos os dias , quando me deparo com uma crônica da Selma ou da Bell, uma poesia sua ou da Lúcia, um delicioso texto do Dr. Annibal, sou tomada por aquela “inveja boa”, definida pelo Ziraldo. Ou seja, meu critério de avaliação é aquela sensação de “como eu gostaria de ter escrito isso”!
Que bom que alguém escreveu, que bom que além do seu talento com as palavras, você também tenha o engenho de encontrar e reunir este elenco maravilhoso no seu blog. Que bom que eu sigo o Estrela, com certeza um sopro de leveza no meu dia.
Érika, você com seu talento bem podia integrar o elenco das estrelas do Estrela, mas tem a luz própria do deu blog por onde também orbito diariamente.
Beijos.
Atenção pessoal: o link para o blog da Érika, “Nada Absoluto”, está ali na galeria do Estrela. Vale a pena uma visita, que se tornará uma presença constante. Garanto.
Lúcia, orbitei cedo aqui, como sempre faço, mas o dia e suas exigências me engoliram.
Volto agora e me deslumbro – ainda e mais uma vez – com seus versos.
Mais! Mais!
Beijocas!
Érika, beijocas também!