“É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.”
(Soneto do Amigo, Vinicius de Morais)
José Márcio Castro Alves tem nome de poeta, e seu nome é uma redondilha maior.
É um dos sujeitos mais talentosos e de fina sensibilidade que conheço (outro amigo da maturidade). Músico, compositor, fotógrafo, documentarista, cinegrafista, e por aí vai. Com parcos instrumentos, máquina fotográfica e filmadora comuns, um computador caseiro, realiza verdadeiros prodígios artísticos.
Maior do que seu talento, só mesmo sua modéstia. Não faz questão alguma de ser reconhecido ou famoso. Não dá a menor bola para dinheiro ou sucesso. Diz que precisa de muito pouco para viver, e quanto a isso, como em tudo o mais, é absolutamente sincero.
Chega a ser arredio, com medo de ser inconveniente. Mas se precisar dele é só chamar, está sempre pronto a ajudar no que puder.
É um grande papo, porque é um grande ouvinte. Daqueles que nos leva a destravar a língua, e só de vez em quando pontua seus comentários oportunos e instigantes, que nos levam a falar ainda mais.
De repente some em longas viagens, a trabalho ou apenas por prazer.
Quando enfim reaparece, como agora, é sempre uma festa.