Ricardo Noblat, em seu ótimo blog http://oglobo.globo.com/pais/noblat/ , reproduz (por favor, vamos dar um descanso para o verbo “resgatar”) um vaticínio de Karl Marx que da o que pensar:
Você diria que o velho Marx tinha razão?
“Os donos do capital vão estimular a classe trabalhadora a comprar bens caros, casas e tecnologia, fazendo-os dever cada vez mais, até que se torne insuportável. O débito não pago levará os bancos à falência, que terão que ser nacionalizados pelo Estado” (Karl Marx, in Das Kapital, 1867)
É curioso o que se passa com os autores das chamadas obras “capitais”, que imprimiram novos rumos à humanidade. Num primeiro momento a sua palavra é tida como definitiva e irretocável, a demarcar o próprio fim da história. Com o passar do tempo, se a realidade sempre cambiante não confirma todas as idéias expostas, ou se novos conceitos entram em moda, o autor e a obra são simplesmente varridos para o lixo da história, como se nada representassem ou nenhum crédito merecessem. Em contrapartida, alguns seguidores viscerais insistem na sua defesa intransigente, sem admitir revisão alguma.
Não sei se de fato aconteceu ou se faz parte do folclore acerca de Marx. Contam que no auge de seu prestígio, ao ser apresentado a um namorado ou amigo de uma filha, o rapaz com a impetuosidade e a imprudência da juventude passou a discorrer magistralmente sobre a significação dos escritos de Marx, o qual lhe teria respondido:
— Foi isso o que eu disse? Então preciso me ler com urgência!
O mesmo acontece com Freud, cujas teorias são veneradas ou apedrejadas sem limites. Também é repetido o episódio de que ao ser lembrado por uma madame sobre a simbologia fálica do charuto (parece que quanto a isso o presidente Bill Clinton teria dado uma interpretação literal), Freud, que era um fumante inveterado, redarguiu:
— Minha senhora, às vezes um charuto é apenas um charuto.
Acabei de ler o seu último post, no qual trata de Marx e de Freud. Você tem absoluta razão.
Continue que seu blog está ótimo.
Annibal
Mais uma mentira divulgada pela “rede de desinformação” patrocinada pela esquerda festiva. Pura mentira, não existe essa frase nas mais de 3000 páginas do ‘O Capital’ Volume 1, 2 e 3. Puro endeusamento das tietes, viúvas e macacas de auditório do velho pensador alemão. Balela, pois ele nunca conceberia que um governo ou Estado, no regime capitalista, “nacionalizaria” bancos, falidos ou não. Não utlilizava essa palavra, nem “tecnologia” no sentido atual, de bens de consumo. Nas quase 2800 páginas dos volumes 1,2 e 3 de “O Capital” não tem nada sequer semelhante a essa frase.
Como a avassaladora maioria da “intelligentzia” lullo-bolivariana, ninguém leu a obra e basta um engraçadinho inventar uma frase para toda a manada acreditar. Só na Banânia fundada em 2003 mesmo… nóis merece!
Meu Caro Fusca Brasil,
Agradeço a sua contribuição para o meu modesto blog. Como já anotei no post “Versus” lá atrás, considero a controvérsia, a troca de opiniões, a discussão civilizada, a tolerância e o respeito com as diferenças um dos pincipais fundamentos da verdadeira democracia. Acessei o seu blog para conhecê-lo. O blog é bem feito (e até concordo com algumas coisas que constam dele) mas você não se identifica, vive no anonimato e se vale de pseudônimo. Não sei sequer se você é um ou uma equipe, se o seu perfil é verdadeiro ou se trata de uma personagem. Do mesmo modo que preservo a controvérsia e as opiniões divergentes, acho que o mínimo a exigir é saber com quem se fala. Com quem não se identifica eu não converso, não trato, nem respeito.
Antonio Carlos