O post anterior me fez lembrar (e nossa memória também pode ser uma mentira ou meia verdade, pois só nos lembramos daquilo que a nossa subjetividade apreendeu e conservou), de que existe um grande número de adivinhações a respeito de um local em que alguns habitantes sempre dizem a verdade, ao passo que outros mentem sempre.
Arturo Pérez-Reverte, um extraordinário escritor espanhol contemporâneo que vale a pena ser lido e que tem publicado romances magníficos, editados no Brasil, como O quadro flamengo, O Clube Dumas, A pele do tambor, aborda isso num capítulo de outro livro seu, A Carta Esférica, e menciona uma dessas adivinhações, que na verdade se trata de um dilema.
Há uma ilha habitada só por dois tipos de pessoas: cavaleiros e escudeiros. Os escudeiros mentem e traem sempre, e os cavaleiros, nunca.
Um habitante dessa ilha diz a outro:
— Vou lhe mentir e vou traí-lo.
Quem fala isso é o cavaleiro ou o escudeiro?
xiiiii… acho que vou ter que pedir ajuda para os universitários…
Xanda, me ajuda aqui???
Mas, vamos (tentar ir) lá: se os cavaleiros não mentem, não “confessariam” que iriam mentir. Se os escudeiros mentem, podem perfeitamente dizer que vão mentir e trair (aliás, eles podem dizer qualquer coisa)…
Será??? rsrs
Aguardo os “universitários” (só não podia ficar fora da brincadeira…)
Se fosse um escudeiro, ele estaria dizendo a verdade, mas ele mente e trai sempre…
Pedir ajuda aos universitários de hoje (pelo menos a maioria deles), não será de grande ajuda.