Teus olhos oblíquos e ubíquos
obnubilam a todos que ousam lê-los
e nunca mais deixarão de vê-los
sem obliteração aonde vão.
Olhos dissimulados, de ressaca,
sortilégios de um velho bruxo casmurro
que se esquiva, desguia, vira a página
e nos conduz para a armadilha
dos teus olhos capciosos
que como arautos mudos
capturam os bentos e malditos
os precatados e incautos
a lhes prenunciar o mundo
que se descortina além-retina.