Peixes na rede

 

 

 

 

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                                    Enquanto isso a vida se deleta na tela

                                    salta pela janela e não se sabe mais dela.

                                    Um dia, na caixa postal virtual

                                    noticia um e-mail viral que ela

                                    morreu de Orkut supurado

                                    sem que pudesse salvá-la

                                    o Rhum Creosotado.

 

 

 

 

 

 

3 comentários

  1. sonia k.
    21/10/10 at 22:11

    Bom, muito bom!!!!! Que inspiração estupenda!
    Li umas cinco vezes seguidas. Adorei!!!! V. é realmente genial!

  2. Lilian
    22/10/10 at 7:54

    Eu “blogueio”, vejo twitter de um amigo (ele pensa umas coisas bacanas, além de ser um tipo de celebridade!), já me cadastrei e descadastrei no Facebook, do qual continuo recebendo convites, tenho preguiça de digitar no messenger (embora se possa falar, mas é muita modernidade pro meu gosto) e “odeio” orkut. Ah, e google sempre, todos os dias, acho.

  3. 25/10/10 at 15:28

    Caríssimo

    Seu poema é nota 10. Gostei muito desses dois versos:
    “Enquanto isso a vida se deleta na tela
    salta pela janela e não se sabe mais dela.”
    Bela crítica à crença imatura de que o que não está
    no computador não está no mundo.
    Soberbo, meu querido.
    Gostei muito também da sua matéria sobre o Pelé. Uma ocasião
    que fui ao estádio do Pacaembu, jogando o Santos, um sujeito
    atrás de mim, depois de um chute do campeão exclamou, todo
    burrão e ressentido: “- Esse negrinho joga mal mesmo!”
    Todo brasileiro ama o Pelé, e você conseguiu explicar a razão,
    captando muito bem o contexto histórico de suas façanhas.
    Não sei se você está melhor nos versos ou na prosa. Acho que se
    excede em ambos, para orgulho do amigo que admira e te quer
    muito bem,
    Gilberto.

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