Eu blogo
Tu twittas
Ela facebook
Nós googleamos
Vós updates
Eles messengeiam
Enquanto isso a vida se deleta na tela
salta pela janela e não se sabe mais dela.
Um dia, na caixa postal virtual
noticia um e-mail viral que ela
morreu de Orkut supurado
sem que pudesse salvá-la
o Rhum Creosotado.
Bom, muito bom!!!!! Que inspiração estupenda!
Li umas cinco vezes seguidas. Adorei!!!! V. é realmente genial!
Eu “blogueio”, vejo twitter de um amigo (ele pensa umas coisas bacanas, além de ser um tipo de celebridade!), já me cadastrei e descadastrei no Facebook, do qual continuo recebendo convites, tenho preguiça de digitar no messenger (embora se possa falar, mas é muita modernidade pro meu gosto) e “odeio” orkut. Ah, e google sempre, todos os dias, acho.
Caríssimo
Seu poema é nota 10. Gostei muito desses dois versos:
“Enquanto isso a vida se deleta na tela
salta pela janela e não se sabe mais dela.”
Bela crítica à crença imatura de que o que não está
no computador não está no mundo.
Soberbo, meu querido.
Gostei muito também da sua matéria sobre o Pelé. Uma ocasião
que fui ao estádio do Pacaembu, jogando o Santos, um sujeito
atrás de mim, depois de um chute do campeão exclamou, todo
burrão e ressentido: “- Esse negrinho joga mal mesmo!”
Todo brasileiro ama o Pelé, e você conseguiu explicar a razão,
captando muito bem o contexto histórico de suas façanhas.
Não sei se você está melhor nos versos ou na prosa. Acho que se
excede em ambos, para orgulho do amigo que admira e te quer
muito bem,
Gilberto.