A Bell me convidou prum samba.
Ela mora em São Paulo, e o samba era aqui, em Ribeirão.
Nós fomos (eu com o meu chapéu da Velha Guarda da Portela, autêntico), e encontramos todo mundo.
No “Bar do Chorinho”, que eu, sendo daqui, não conhecia.
Mestre Caburé no violão (tocando de dedeira), Daniel no cavaquinho e voz, Mestre Hamilton no pandeiro (com seus requebros e platinelas mil), muitos outros se revezando e ajudando, entre os quais uma socialite que tocou tamborim e cantou até que bem.
O garçom Gil não deixou faltar caipirinha e cerveja na nossa mesa e sugeriu a “porpeta grelhada com queijo” que concorria no festival “Comida Di Buteco”. Se depender de nós, já ganhou!
O “Mané Bebum” chegou honrando o nome e a fama, cheio de amor pra dar, na maior paz, só queria mesmo dançar com a Bell, que mais uma vez o enrolou e não foi: “Mais tarde, mais tarde…”
O “Japonês de Rabinho” (de cavalo) demorou um pouco, mas marcou o ponto. Me disseram as más linguais que ele é auditor fiscal ou o que valha da Receita Federal e vive pra nos ferrar, mas se gosta de samba, tá perdoado (por enquanto).
Fiquei muito amigo do Leopoldo, só preciso descobrir quem ele é e onde o encontrar.
A “Angolana” não apareceu. Vou ter que voltar para conhecer.
Tinha também um negão enorme, sorridentes dentes, cheio de histórias e saberes, mas me esqueci do nome dele. Perdão, meu irmão!
Pra falar a verdade só me lembro muito vagamente, e o que conto aqui é o que anotei em dois guardanapinhos, com uma letra que mal entendo agora.
Ah, o Leopoldo por sua conta e risco elegeu a Bell e eu como o casal mais bonito e simpático do samba. Parece que ele ficou muito amigo meu, mesmo!
E quem levou a Bell pela primeira vez lá foi o “Capiau”, que estuda Letras na USP em São Paulo faz sete anos e está pra ser jubilado. Não sei por quê.
A Bell é que voltou dirigindo, e me disse no caminho que a noitada bem que merecia um post no blog.
Merecer, mereceu, mas foi só isso que deu.
Acho que ela não se importa.
Da outra veiz nóis vai mais…
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Encontrei este vídeo no You Tube. Não é da nossa noite, mas dá para ter uma ideia.
Ainda que o chapéu fosse da Mangueira, autêntico também, não deveria usá-lo.
Lembro-me do pessoal do passado, nas fazendas, que, chegando, cumprimentava a todos respeitosamente levantando brevemente o chapéu, numa bonita reverência.
Após os cumprimentos, chapéu na mão, procuravam um lugar adequado para deixar o bonito e útil adereço, sempre havendo alguém de prontidão para nisso ajudá-los.
Lembro-me de que seus cabelos eram ralos, o que atribuo ao uso frequente do chapéu.
Então, meu amigo, nem se fosse da Mangueira, tá bom? Ou da Mocidade, que também faz o meu coração bater mais forte… rsrs
O chapéu é só figuração. Fica pouco na cabeça, passa mais tempo na mão, reverenciando o público, como um mestre sala.
Que programa gostoso! Lembra-me o que fazia quando jovem e voltava pela madrugada pra uma bronca enorme de meu pai. Mas valeu a pena!
O sambinha é uma delícia e em uma roda assim dá pra esquecer da vida.
Muuuuito bom! Merecemos outro já que somos o casal mais bonito de todo samba… Ti doro! bjo
Eu fiquei foi com uma baita duma reiva e duma inveja purque num fui convidado. Mas fiquei muito feliz com o desempenho dessa dinâmica e competente dupla. Da outra vêis, nóis vai também! (Nóis num semo tatu…)
Meu querido parceiro e irmão
Nóis lembramo de você lá e fiquemo com uma baita de uma raiva por num ter sido convidado. Isso não se faz Arnesto!
Da outra veiz você também vai…
Êta roda de samba!! é roda de bambas mesmo. Meu alegre amigo Antonio Carlos Augusto, são momentos que marcam, e a vida e sempre mais feliz, bacana, gostei.
forte abraço do leitor,
C@urosa
E eu?
Se você num é tatu, tamém vai…
Maravilha! De babar, Antonio!
Beijocas!