Adalberto de Oliveira Souza
APOCALIPSE
Enfileirados nos estrados
do solar rarefeito
a eito jazem
apocaliticamente.
Aprisionados
por suas entranhas
morreram todos.
Envolve o ar
a sanha incontida
e louca
deixada ainda.
Odor de sangue e suor,
incenso, nefelibata.
A captação da graça
do inefável virá,
afável afago
recessivo.
Em riso desabrido
Direi a ti.
O porvir!
Gama, de todos os inspirados poemas de autoria de Adalberto, este é mais um.
Abraçaço.
O porvir! Porque ainda resta esperança.
Realmente inspirado e forte como sempre.
E assim caminha a humanidade, Adalberto.
Poema sarcástico. Perfeito.
Seu poema apocalíptico não me deixou com gosto de sangue na boca, não. Preciso saber por que você tirou os aspectos trágicos denotativos e conotativos da palavra: Apocalítico?