Tabuame

  

“De tanto levar frechada

do teu olhar

Meu peito até parece sabe o quê

Tálbua de tiro ao Álvaro

Não tem mais onde furar (não tem mais)”

(Adoniran Barbosa, “Tiro ao Álvaro”)

 

“Cada tálbua que caía,

Duia no coração,”

(Adoniran Barbosa, “Saudosa Maloca”)

 

 

As Tábuas da Lei

A tábua sincrônica

A tábua de logaritmos

A tábua de ressonância

A tábua de matéria.

 

A tábua de marés

A tábua corrida

A tábua rasa

A tabuada

As tábuas do caixão.

 

Esta a nossa condição:

levar tábua da vida,

sem tábua de salvação.

 

Um comentário

  1. Roberto Rockmann
    21/10/08 at 17:45

    Grande poema. Arrebatador. Simples, conciso, poderoso.

Deixe um comentário

Yay! You have decided to leave a comment. That is fantastic! Please keep in mind that comments are moderated. Thanks for dropping by!