O Rio é uma cidade que convida ao movimento, aos exercícios físicos, atletas por toda a parte, corpos sarados.
Sempre gostei de exercitar o corpo, mas confesso que hoje em dia o exercício de vida a que tenho me dedicado com mais persistência é o de apagar certezas, o que não é nada fácil.
As certezas com que preenchemos a nossa existência, até mesmo para fazê-la possível, acabam muitas vezes se tornando uma luz demasiadamente intensa, que nos cega para as outras coisas que nos cercam ou nos ofuscam os outros lados de uma mesma coisa já conhecida.
Mas, me dirão alguns, apagar certezas é ficar no escuro, o que igualmente nos impede de enxergar as coisas.
Não é bem assim. Quando se apaga uma certeza, fica-se na penumbra, a vislumbrar os contornos das coisas, que podem ser aquilo mesmo que imaginamos ou coisas completamente diferentes, com que nos surpreenderemos.
Todos os gatos de fato poderão ser pardos, ou não.
Surpreenda-se. Bj.
Rosângela
Papilly,
Num dia que as dúvidas atordoam tanto a minha cabeça ao ponto de me dar enjoo no estômago, leio o seu texto. É muito engraçado como mesmo que longe, nós estamos sempre refletindo as mesmas coisas. Você, numa sabedoria ímpar. Tanta, que a minha adolescência ainda não compreende. Continuo atrás de certezas para um dia, quem sabe, querer me desfazer delas. Ti doro. Vem logo pra SP! bjo
Bell
Você ainda está na idade de buscar algumas certezas ou verdades, que
lhe expliquem a vida, ainda que de maneira nem sempre satisfatória.
Depois virá o tempo de descartá-las e buscar outras.
Amanhã estaremos aí em Sampa.
Ti doro.
Quem “pensa” com o coração não tem certezas a serem apagadas ou substituídas. É só seguir o caminho das emoções ou sentimentos o que, quase invariavelmente, acaba terminando mal… rsrs
Não creio que se deva apagar certezas. Sou mais pelo caminho de se criar novas dúvidas o que incorrerá na busca de novas certezas. É sempre um incentivo de vida e uma movimentação nos dias que correm tão rápidos.