Soneto Manuelino

 

 

Para a Manuela, nos seus dois primeiros meses.

 

 

 

                        Dizem-me que dois meses atrás tudo já existia,

                        o firmamento, as estrelas da Láctea Via,

                        nosso pequeno planeta azul a girar bêbedo

                        em torno de si mesmo e do irradiante Sol.

 

                        A primavera que desarrolha o verão,

                        entardece no outono e se estiola no inverno.

                        Rios, mares e oceanos, ventos e marés,

                        planuras e montanhas, chuvas e securas.

 

                        As luas nova, crescente, cheia e minguante,

                        gentes e bichos, plantas e pedras.

                        O deserto e a solidão, a doutrina e a cidadela.

 

                        Não sou incréu, olho o céu, piso o chão

                        e lhes dou razão. Já tudo havia, mas faltava ela,

                        Manuela, que a tudo isso veio dar razão.

 

 

 

5 comentários

  1. cAROL GAMA
    05/05/10 at 17:56

    LIIIIIIIIIIIIIINDO!!!

  2. Lilian
    05/05/10 at 23:13

    Deve ser mágico, mesmo!
    As vezes em que vejo minha mãe mais feliz é quando ela está com as netas (Alexandra e Ruth)… Tudo muda quando essas duas estão por perto! O mundo fica mais bonito, inclusive pra nós, porque felicidade é contagiante.

  3. sonia k.
    06/05/10 at 11:49

    Tenho de repetir a Carol: LIIIIINDOOOOO!!!!
    Feliz a Manuela que tem esse avô e que poderá, mais tarde, ler e guardar o que ele escreve com tanto sentimento.

  4. Guilherme Garcia
    07/05/10 at 17:05

    Sensacional!
    Não tinha ideia de como a “vovôzisse” iria se manifestar, no sentido poético.
    Qual não foi minha surpresa ao ler tamanho sentimento, talento, emoção e paixão.
    Feliz da Maunuela de pertencer à família tão especial.

    PS: Carol, devemos uma visita à vocês. Depois dos 3 meses, data em que termina o “contrato de experiência materna”.

    Um beijo a todos da família.

    Guilherme Garcia

  5. bellgama
    07/05/10 at 17:12

    Viva a Manu! Digna de um poema tão lindo!

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