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Oh, je voudais tant que tu te souviennes
Des jours heureux où nous étions amis
En ce temps-là la vie était plus belle
Et le soleil plus brûlant qu’aujourd’hui.
Les feuilles mortes se ramassent à la pelle
Tu vois, je n’ai pas oublié
Les feuilles mortes se ramassent à la pelle
Les souvenirs et les regrets aussi.
Et le vent du Nord les emporte,
Dans la nuit froide de l’oubli.
Tu vois je n’ai pas oublié,
La chanson que tu me chantais…
Les feuilles mortes se ramassent à la pelle
Les souvenirs et les regrets aussi,
Mais mon amour silencieux et fidèle
Sourit toujours et remercie la vie.
Je t’aimais tant, tu étais si jolie,
Comment veux-tu que je t’oublie?
En ce temps-là la vie était plus belle
Et le soleil plus brûlant qu’aujourd’hui.
Tu étais ma plus douce amie
Mais je n’ai que faire des regrets.
Et la chanson que tu chantais,
Toujours, toujours je l’entendrai.
C’est une chanson qui nous ressemble,
Toi tu m’aimais, moi je t’aimais
Et nous vivions, tous deux ensemble,
Toi qui m’aimais, moi qui t’aimais.
Mais la vie sépare ceux qui s’aiment,
Tout doucement, sans faire de bruit
Et la mer efface sur le sable
Les pas des amants désunis.
Em 1945, Jacques Prévert escreveu o roteiro do filme “Les Portes de la Nuit”, dirigido por Marcel Carné, cujo título foi retirado dos dois primeiros versos de uma canção: “Les enfants qui s’aiment s’embrassent debout / contre les Portes de la Nuit”.
Jean Gabin e Marlene Dietrich, que seriam os dois protagonistas, preferiram fazer outro filme (“Martin Roumagnac”), possibilitando que o jovem e até então pouco conhecido cantor francês Yves Montand, indicado por Edith Piaf, fizesse o melancólico personagem masculino e cantasse “Les Feuilles Mortes”.
Lançado em dezembro 1946, logo após o término da guerra, o filme foi massacrado pela crítica, talvez por mostrar o que todos queriam esquecer: Paris aniquilada e miserável, o mercado negro, a desgraça humana e a colaboração dos parisienses com os nazistas.
A música fora composta antes, por Joseph Kosma, para o balé “Le Rendez-Vous”, de Roland Petit, e Prévert escreveu especialmente para o filme a letra-poema, que só foi publicada depois da sua morte, no livro “Soleil de Nuit”, em 1980.
Apesar de “Les Feuilles Mortes” ter se tornado um clássico na voz de Yves Montand, a esplêndida interpretação da holandesa Laura Fygi (que também canta, e muito bem, Tom Jobim em português) é de arrepiar.
Gama, esse post me lembrou uma música em francês que acho muito bonita – La Vie en Rose, do repertório da Edith Piaf que Elba Ramalho regravou com maestria em 1991. Aliás, por falar na Elba, uma gravação que considero insuperável com ela é o seu maior e imortal sucesso – De Volta pro Aconchego, lançada em 1985 com um arranjo antológico feito pelo mestre Dori Caymmi. Elba já a regravou algumas vezes, mas a versão original pra mim é imbatível.
Abraços,
André
Acho que valeria desenvolver quem foi Jacques Prevert. Parece que foi um cara de uma obra única.
Gama
Esse seu blog está muito bom. parabéns….
paulinho
Caro Rockmann,
Prevert foi um poeta francês de importância no século XX, a sua obra não é imensa, mas muito conhecida.Praticamente em todos manuais de ensino de francês há um poema de Prevert. Muito conhecido seu livro Paroles. Foi um roteirista de filmes também e teve importância no movimento surrealista. Silviano Santiago traduziu parte de sua obra no Brasil.
Cher Docteur ès-lettres Adalbertô
Maravilhosa sua msg Les feuilles mortes.. porém… sempre tem um porém!! Li o comentário que trascrevo abaixo onde se lê:
“A música fora composta antes, por Joseph Kosma, para o balé “Le Rendez-Vous”, de Roland Petit, e Prévert escreveu especialmente para o filme a letra-poema, que só foi publicada depois da sua morte, no livro “Soleil de Nuit”, em 1980.”
Ora, vous savez bien, mon cher ami Docteur Adalberto, que Prévert foi minha dissertação de mestrado, e que AINDA guardo alguma lembrança do que escrevi. Fiquei matutando sobre a tal declaração que li e alguma coisa não me pareceu correta. Fui buscar na minha memória e na minha dissertação, Chei que tinha algo errado na declaração e de fato, SMJ, que EU esteja enganado, Prévert NÃO escreveu Folhas mortas para o tal filme e sim para a sua ex-mulher, conforme trecho abaixo extraído da minha dissertação.
“Outre la guerre, un des thèmes préférés de Prévert, l’amour et les chagrins ont une place remarquables dans son oeuvre. Quand sa femme Simone l’a quitté, en 1934, il a écrit “Les feuilles mortes”, qui deviendra une des chansons d’amour les plus connues du répertoire de la chanson mondiale. Par contre, quand il a rencontré son nouvel amour, Jacqueline Laurent, elle lui a inspiré “Alicante”, pendant un voyage en Espagne.
“Une orange sur la table
Ta robe sur le tapis
Et toi dans mon lit
Doux présent du présent
Fraîcheur de la nuit
Chaleur de ma vie.”
Une poésie tendre et sensuelle dont toutes les femmes aimeraient être la source d’inspiration et qu’elles aimeraient recevoir comme une véritable déclaration d’amour. Quelle femme ne serait pas heureuse d’être l’élue?
Voilà minha humilde contribuição para o sucesso do teu blog.
Amitiés
Quando publiquei o post, pesquisei brevemente e encontrei a informação de que Prévert escrevera a letra para o filme, não me lembro agora onde, mas costumo me valer de boas fontes.
É claro que uma pesquisa feita para uma dissertação de mestrado merece muito mais crédito do que aquela minha, embora o autor, pelo menos no trecho transcrito, não esclareça onde colheu a informação. E o fato de Prévert haver escrito o poema para a ex-mulher (ou inspirado nela) não é excludente de tê-lo feito também para o filme.
De todo modo, valiosa contribuição ao blog, que me fascina exatamente por isso, por ser algo vivo, em permanente interação com aqueles que o acessam.
Merci, Ricardo Soler.
Espero que continue a nos prestigiar.