Ela já tem 76 anos, mas continua uma encantadora menininha, com o cabelo cacheado, bochechuda, o vestido curto e a boina vermelhos, o doce apelido: Luluzinha.
Continua a atormentar o Bolinha e, com sua inseparável amiga Aninha, faz de tudo para entrar no clube dos meninos, que não querem saber de meninas. A turma é grande. Além dos três, Carequinha, Juca, Zeca, Alvinho, Fifi, Glorinha, Raposo e até duas bruxas, Alcéia e Meméia.
Andavam desaparecidos, há mais de 15 anos. Achavam que as crianças de hoje, com seus celulares, computadores, videogames, MPs não sei das quantas, blue-rays, televisores digitais e outros badulaques eletrônicos, não se interessariam por eles. Pode ser. Mas se ainda existir um cantinho para a imaginação e o sonho, para a singeleza da infância, elas vão se apaixonar pela turma e querer fazer parte dela.
Eu nunca me esqueço das estrepolias que aprontamos, das tantas aventuras que vivemos. Fugi com eles do Seu Miguel, o implacável caça gazeteiros. Acompanhei passo a passo as investigações do Bolinha, travestido de Detetive Aranha, que levavam sempre ao mesmo culpado: Seu Jorge, o pai da Luluzinha. E depois de solucionar mais um caso, o Bola tripudiava:
— O Detetive Aranha ataca novamente!
As histórias clássicas dessa turminha estão de volta nas bancas.
Que bom será voltar a ser criança com elas.