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Esse lindo vídeo me veio pelo meu amigo Zé Márcio Castro Alves (até pensei que fosse ele, com seu talento, quem tivesse editado, mas não foi), que perdeu 17 quilos, está fininho de corpo e cheio de romantismo na alma (será que tem um novo amor pintando no pedaço?).
Comentou o Zé sobre a maestria de Tom também nas letras (a música e a letra de “Sucedeu assim” são dele), concluindo que o melhor letrista de Tom era ele mesmo.
Conto, então, o seguinte sucedido.
É sabida a admiração que Tom Jobim sentia por Carlos Drummond de Andrade. E a recíproca era verdadeira.
Drummond chegou a escrever uma afetuosa crônica saudando os 50 anos de Tom, por ele chamado de “sabiá-mor”, “deputado eleito pelos sabiás, canários e curiós para falar, não aos povos da Zona Sul, mas a toda criatura capaz de ouvir e de entender pássaros, trazendo-nos uma interpretação melódica da vida.”
Num encontro com Drummond, Jobim (que com sua modéstia dizia não ser bom letrista) reverenciosamente pediu ao poeta que lhe indicasse um dicionário de rimas, ao que o mestre lhe respondeu: “Quem fez Águas de Março não precisa de dicionário de rimas…”