Há pouco mais de quinze dias, vários textos postados abaixo diziam das máquinas de escrever.
Pois vejam só a matéria publicada no Jornal de Notícias de Portugal:
Imagino o burocrata franzino e compenetrado, sentado à secretária de mogno, datilografando na máquina Royal a correspondência, os memorandos e documentos da Sociedade Portuguesa de Explosivos. Sim, de explosivos!
Terá escrito, sub-reptício, com dedos de veludo, alguns dos seus poemas ali, durante o expediente ou mesmo após?
Sabiam os colegas e superiores hierárquicos do incontido talento daquele homenzinho, que não cabia em si, e um dia explodiria para o mundo? Quanto perigo!
A máquina de escrever que eu utilizava nos meus idos tempos de escrevente de cartório também era da marca Royal.
Datilografei, furtivo, alguns versos mancos nela. Mas comigo ninguém corria perigo (a não ser o de tropeçar na bengala dos versos).
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