“Soñará un mundo sin lá máquina y sin esa doliente máquina, el cuerpo”
(Jorge Luis Borges, “Alguien soñará”)
— Coloca el pulgar derecho aquí, por favor.
Coloquei.
— Más fuerte, más presión…
Apertei.
— Cambie de mano, coloque el pulgar izquierdo.
Troquei.
Pressionei.
— ¡Vos non tiene impresión digital!
Disse-me depois de algum tempo e em tom de reporovação a funcionária da alfândega argentina.
— ¡Por supuesto que tengo!
Respondi, exibindo-lhe as mãos com todos os dedos espalmados.
— ¡Pero no! ¡La máquina non capta!
Pensei em lhe perguntar se não era possível tentar o pneumotórax.
Mas já sabia que a única coisa a fazer era tocar um tango argentino.
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