Brenno Augusto Spinelli Martins
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Brenno Augusto Spinelli Martins
Como hei de amar uma mulher já amada?
Como haverei de seduzi-la mais
se seduzida está e apaixonada-
mente me arrebata de amor e paz?
Como esquecer essa moça esquecida
que se esqueceu pra se lembrar de mim?
Como prender essa mulher cativa
que me prendeu no seu olhar sem fim?
Como adoçar essa mulher tão doce
que me enfeitiçou como se eu fosse
seu derradeiro e inevitável cais?
Como farei para aumentar o afeto?
Pois se o amor já atingiu o teto…
como haverei de amá-la ainda mais?
Gama e Brenno, esse soneto na estrutura 2 quartetos (estrofe de 4 versos) e 2 tercetos (estrofe de 3 versos) é lindíssimo. Vocês tem uma parceria tal qual João e Aldir, “vendo as mesmas estrelas de navios diferentes”, e eu me sinto honrado de poder desfrutar dela.
Abraçaço em ambos.
Breno, amigo querido, com essa expressão tão própria
desse grande sentimento. Metafísica das coisas vividas na carne.
Belo poema!