SORTILÉGIO
Como as estrelas,
que ao vê-las
já não são,
a semente e o fruto
a paixão e o luto
o dito e o desdito
a prisão e a janela
a nascente e a foz
os outros e nós
a calma e a procela
a praga e a prece
o quanto acontece
já se findou
e sequer começou.
Amei este poema tão lindo e que tanto retrata a própria vida. Ainda hoje meu neto me disse pra eu não me reportar ao passado e pensar pra frente, pois o que foi já não é. Bem real o que v. colocou: “o quanto acontece já se findou e sequer começou”.
Grande beijo
Muito lindo esse poema! Retrata a vida, como ela é: tão bonita quão fugaz! Parabéns ao autor!
Sempre o inesperado, o intempestivo.
Poema lindo, inspirado e de uma reflexão fecunda.
Bela poesia!! mas falo com Sonia, que não conheço e passeio pelos poetas, Manuel de Barros e Nicanor Parra (irmão de Violeta) . Ao falarem de poesia e poetas: Atualmente só ouço e anoto a fala das crianças, os maiores poetas de minha “geração”. Não sei se se conhecem, um falou no Chile e o outro em sua fazenda no pantanal.
Manuel, nosso poeta do pantanal e o mais lido do Brasil e Parra, chileno e “conhecido tradutor de Shakspeare” e o pai da anti poesia, Parra completa 100, vivo, e Manuel quase…
Nossas crianças são grandes sonetistas..
Beleza Gama…
Tão inspirado o meu poeta predileto…
Belo, Antonio Carlos Augusto Gama.