Adalberto de Oliveira Souza
ESPELHO
O barco partiu,
o porto está vazio,
cais escuro,
água escura,
sem luar.
Aproximo-me de mim,
de você,
algo parece dizer alguma coisa,
não consigo entender.
Mas tento responder e não digo nada.
Percebo sua ausência e
ausentes
conversamos por longo tempo.
Achei lindo demais, lembra um pouco o Mia Couto, são tantos desencontros… e o silêncio que impera no nada. “Amar e morrerias eu sem mar”… muito bom!
Como dizia o Poeta: “A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida”.
Perfeito!