“Vinho guardado” (Danilo Caymmi / Paulinho Tapajós), com Nana Caymmi
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=oJ0D2dRkZlU[/youtube]
“Vinho guardado” (Danilo Caymmi / Paulinho Tapajós), com Nana Caymmi
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=oJ0D2dRkZlU[/youtube]
“Inútil Paisagem” (Tom Jobim / Aloysio de Oliveira), com Paula & Jaques Morelenbaum & Ryuichi Sakamoto
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=HG8IIui-8A0[/youtube]
Eduardo Coutinho e Philip Seymour?
Valha-nos, Iemanjá!
“Dois de Fevereiro” (Dorival Caymmi), com ele
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=_1kwtW1r2aI[/youtube]
ALGUM DIA
Um dia
talvez do amor saibamos.
Não a paixão do amor,
que só ama a própria chama,
não a ilusão do amor,
esperança que se engana,
mas o amor outra cosmogonia
que tudo engloba e o universo transmuda.
O amor benfazejo cativeiro
daquele que não cabe só em si
e só no outro vive inteiro.
O amor outro idioma e outra grafia,
que precisamos aprender
desde as primeiras letras
para só então traduzi-lo.
O amor antropofagia,
que no outro se devora,
moléculas e espíritos se fundem
e confundem no vasto cosmo
em que um sol ou uma estrela serão
um dia.
“Eu sei que vou te amar” (Vinicius de Moraes / Tom Jobim), com Maria Creuza, Vinicius e Toquinho
“Preciso me encontrar” (Candeia), com Zeca Pagodinho e Marisa Monte
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=OpSTmf4vbSo[/youtube]
Adalberto de Oliveira Souza
PROCURA
Em qual dessas gavetas
abarrotadas
estará o que procuro?
A busca deve continuar,
não há como deixar de fazê-lo.
Como descobrir a intenção real?
Se o motivo é desconhecido
Qual a necessidade premente?
Uma coisa é certa.
─ a chave deve estar
em algum lugar para fechar
a desconfortável angústia
inesgotável
dessa procura.
Salvador Dali, “O Contador Antropomórfico”
“Danço eu, dança você,
na dança da solidão”
“Dança da Solidão” (Paulinho da Viola), com ele e Marisa Monte
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=jJj6JS7XLZY&hd=1[/youtube]
“Meu maior medo é viver sozinho e não ter fé para receber um mundo diferente e não ter paz para se despedir.
Meu maior medo é almoçar sozinho, jantar sozinho e me esforçar em me manter ocupado para não provocar compaixão dos garçons.
Meu maior medo é ajudar as pessoas porque não sei me ajudar. Meu maior medo é desperdiçar espaço em uma cama de casal, sem acordar durante a chuva mais revolta, sem adormecer diante da chuva mais branda.
Meu maior medo é a necessidade de ligar a tevê enquanto tomo banho. Meu maior medo é conversar com o rádio em engarrafamento. Meu maior medo é enfrentar um final de semana sozinho depois de ouvir os programas de meus colegas de trabalho. Meu maior medo é a segunda-feira e me calar para não parecer estranho e anti-social. Meu maior medo é escavar a noite para encontrar um par e voltar mais solteiro do que antes.
Meu maior medo é não conseguir acabar uma cerveja sozinho. Meu maior medo é a indecisão ao escolher um presente para mim. Meu maior medo é a expectativa de dar certo na família, que não me deixa ao menos dar errado. Meu maior medo é escutar uma música, entender a letra e faltar uma companhia para concordar comigo. Meu maior medo é que a metade do rosto que apanho com a mão seja convencida a partir com a metade do rosto que não alcanço. Meu maior medo é escrever para não pensar.”
Fabrício Carpinejar
“e a tigresa possa mais do que o leão”
“Tigresa” (Caetano Veloso), com ele e Ivete Sangalo (Gil na guitarra)
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=f5F-oMR61RQ[/youtube]