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Noturna

 

 

“Noturna” (Guinga / Paulo César Pinheiro), com Leila Pinheiro

[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=HDvOCVvQVvo[/youtube]

 

Bem amada
Noturna flor da estrada
Abre os portais da madrugada
Meu corpo
Minha alma
Estão à tua espera
Bem amada
Divina luz raiada
Acorda os sons da passarada
Que a natureza desespera
Porque a beleza é uma quimera
Junto a ti
E a primavera é nada

Bem amada
Noturna flor da estrada
Abre os portais da madrugada
Meu corpo
Minh’alma
Estão à tua espera
Bem amada
Divina luz raiada
Acorda os sons da passarada
Que a natureza desespera
Porque a beleza é uma quimera
Junto a ti
E a primavera é nada

Fica comigo oh! santa imagem dos vitrais
Das belas catedrais do mar
Pois se chegares indo embora
Eu vou sofrer
Mas sei como fazer para o teu rastro achar
Pelo fulgor que tu desprendes na amplidão
Pelo perfume que tu deixas pelo chão
E com minh’alma me queimando de paixão
Te entregarei meu coração

E com minh’alma me queimando de paixão
Te entregarei meu coração

 

 

Semana Vinicius de Moraes (Poema dos olhos da amada)

 

 

“Poema dos olhos da amada” (Vinicius de Moraes / Paulo Soledade)

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=sz8CrFTgHLs[/youtube]

 

 

“Oh, minha amada

Que olhos os teus

 

São cais noturnos

Cheios de adeus

São docas mansas

Trilhando luzes

Que brilham longe

Longe nos breus

 

Oh, minha amada

Que olhos os teus

 

Quanto mistério

Nos olhos teus

Quantos saveiros

Quantos navios

Quantos naufrágios

Nos olhos teus

 

Oh, minha amada

De olhos ateus

 

Quem dera um dia

Quisesse Deus

Eu visse um dia

O olhar mendigo

Da poesia

Nos olhos teus

 

Oh, minha amada

Que olhos os teus”

 

 

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=yPmz0NMVvBY[/youtube]

 

A canção e a letra-poema são tão lindas que não pude deixar de incluir esta versão com o próprio Vinicius cantando, e muito bem!

Merece o bis.

Aliás, há uma versão com o final diferente e não menos belo da letra-poema, que teria sido modificada para não alongar em demasia a canção.

A partir da estrofe que termina com “Quantos naufrágios / Nos olhos teus”, prossegue assim:

 

“Ó minha amada

Que olhos os teus

 

Se Deus houvera

Fizera-os Deus

Pois não os fizera

Quem não soubera

Que há muitas eras

Nos olhos teus

 

Oh, minha amada

De olhos ateus

 

Cria a esperança 

Nos olhos meus

De verem um dia

O olhar mendigo

Da poesia

Nos olhos teus”