Annibal Augusto Gama
POEMINHA PARA O CONDE AFONSO CELSO
Ufanares da minha pátria,
mares bravios, pantanais,
palmeiras, milharais,
amazonas florestais,
ouro das minas gerais,
ufanuras de planuras
criança, não verás jamais
país nenhum como este.
Pátria, latejo em ti,
no ufofo dos teus biocos,
nos teus templos barrocos,
nos fofos dos teus ocos,
nos caroços dos teus cocos,
nos pouco a poucos
do teu ócio luso-afro-tupiniquim.
Ufanício dos teus carnavais,
dos teus feriados nacionais,
das tuas paradas marciais,
as tuas bandas municipais,
ufanando por toda parte
nesta arte flamejante
do que antes tarde que jamais.
Ufa! Ufa! Ufa! Ufa!
O gigante arquejante,
neste calor de estufa,
deita-se de preguiça ufante
e adormece.
Veja AQUI