Houve um tempo
em que eu era imortal
como os heróis dos gibis,
nada me atingia, e no final
todo mundo estava vivo e feliz.
Hoje, quando me olho no espelho
deparo um forasteiro que me pareço
vagamente familiar,
com menos dente e cabelo,
cheio de morto e cicatriz.
Lindo poema! Mas, na verdade, estamos nos tornando imortais agora, na medida em que conquistamos o carinho e respeito das pessoas. Naquele tempo, éramos apenas inocentes… Quanto ao espelho, que insiste em refletir o que não desejaríamos ver, acho que mesmo assim vale a pena; se é este o preço a pagar… tá valendo! Ainda mais porque somos todos forasteiros neste mundo, cada um com seu espelho particular.
Cara Lilian
É um prazer contar com você em órbita conosco, aqui nesta Estrela Binária.
Obrigado pelos ótimos comentários e continue opinando.
Um abraço.
O Clint está aí para mostrar que herói não tem idade…e vc continua maravilhoso. Beijo, Carol
Carol,
Nossos pensamentos realmente interagem. Palavra que quando escrevi este pequeno poema, além de expressar o que ando passando, pensei na figura do Clint Eastwood, primeiro como o cowboy implacável ou o policial durão, e agora (melhor ainda) como o homem ainda áspero, com o rosto vincado pelas rusgas, mas que se humaniza e reconcilia com a vida.
Beijos.