O grande e sempre atual Machado de Assis, em uma de suas crônicas publicadas em A Semana, nos idos de 1893, discorrendo com a ironia e o sabor característicos sobre uma parede de açougueiros (greve), louvava o vegetarismo ou vegetarianismo, e lá pelas tantas sentenciava:
“Morre-se de porco. Quem já morreu de alface?”
Agora, com a ameaça mundial (mais uma!) da gripe suína, parece que o velho bruxo tinha mais razão do que se pensava.
Se bem que com os pesticidas de hoje, talvez já estejamos também a morrer de alface.
Quem diria… o velho Machado sequer poderia imaginar pelo que estamos passando agora. Pode-se morrer não só de porco, como também de pimentão, morango e… não me lembro o terceiro mais contaminado, conforme publicado na Folha semana passada. Mas acho que tinha uva no meio (adoro!) e não fiquei sem as minhas uvas por isto.
O “engraçado” é que existe uma previsão de “final” ou transformação do mundo em 2012. Mas, continuando assim, parece que não chegaremos lá. Imagina, participar dessa bagunça toda e depois não ver o glorioso final!!! rsrs
Ontem, assisti outro filme: O dia em que a Terra parou. Legal! Cheio de efeitos especiais, com o mais extra-terrestre dos seres humanos: Keanu Reeves. Não tem como olhar pra ele e não pensar em outros mundos…
Papilly, que engraçado… exatamente hoje eu postei um texto chamado “O último livro” que também cito Machado… Apesar de você não ter lido (rs) eu li o seu! Ótimo! beijos
Tio.
Já que falamos em alface resgato um conselho do nosso eterno Vinícius de Moraes deixado em seu livro “Para viver um grande amor”
Não comerei da alface a verde pétala
Nem da cenoura as hóstias desbotadas
Deixarei as pastagens às manadas
E a quem maior aprouver fazer dieta.
Cajus hei de chupar, mangas-espadas
Talvez pouco elegantes para um poeta
Mas peras e maçãs, deixo-as ao esteta
Que acredita no cromo das saladas.
Não nasci ruminante como os bois
Nem como os coelhos, roedor; nasci
Omnívoro: dêem-me feijão com arroz
E um bife, e um queijo forte, e parati
E eu morrerei feliz, do coração
De ter vivido sem comer em vão.
(Iludia-se o poeta. Num tempo em que as coisas andaram meio pretas, ele teve que se enquadrar direitinho e andou comendo legumes na água e sal como qualquer outro).
Um abraço em todos.
Guilherme Garcia
Gostaria de perguntar ao especialista quais as medidas tomadas por ele com o surto de gripe suína…
Rockmann,
Consultar o pediatra Dabori ou o “House” local, Coutinho, que – imagine só – está fazendo fisioterapia comigo.
Depois lhe passo as recomendações.
Abração.