Adalberto de Oliveira Souza
SAUDADE
A chuva, a bruma,
aqui e lá,
um relâmpago
e a dor se impõe.
Na veia estanca,
na enxurrada escorre
a espera
o tédio.
O que de mim se afasta
de mim se apossa.
La pluie, la brume,
Ici, là et ailleurs,
un éclair
et la douleur s’impose.
Dans la veine s’arrête,
dans le caniveau glisse
l’attente,
l’ennui.
Ce qui s’éloigne de moi,
aussi s’empare de moi.
Às vezes quanto mais se afasta… mais se apossa… Poema e imagem que se entrelaçam, lindos.
Singelo, lindo!
Ce qui s’éloigne de moi,
aussi s’empare de moi.
Poeta Adalberto, sem escapatória: levo-o hoje comigo para a conversação de francês. Belo poema.
Se houver chance, canto “Que reste-t-il de nos amours“. Conto depois.
Como afastar a saudade
Que de mim toma conta:
Chorando a lágrima que cai de meus olhos
Pensando na mulher amada
Ou então escrever uma poesia
Que use a dor pra poder voar?
Beleza, Adalbertô!
“Saudade, tristeza doce,
que invade
e ocupa o espaço que era teu…”
Professor Adalberto, que lindo poema… Sinto-me honrada por ter sido sua aluna…