CONTA-GOTAS
No silêncio da sala
os pingos da torneira que vaza
são uma voz que não cala
inundando o vazio da casa.
Clepsidra sonante
é a própria vida que se esvai
(sem que se dê conta)
a cada gota que desponta
oscila, resiste, insiste,
por fim cai tremifusa
como um lágrima na chuva…
Lindo poema Antonio Carlos. De inundar o dia.
A gota da chuva que molha meu rosto
É a mesma do conta-gotas que distrai o vidro.
PS: Obrigado pela gentileza quanto ao livro. Estou felicíssimo.
Abraçaço.
“Aliás, poetas o são desde que são. Até mesmo diante (e adiante)” de uma gota d’água.
E temos dito.