― Alô…
― Alô, de onde fala?
― Com quem o senhor quer falar?
― Com a dona Maria, aqui é o Brito, marido de aluguel…
― Marido de aluguel?
― Isso, a dona Maria me ligou pra fazer uns servicinhos, e eu quero passar o orçamento.
― Que servicinhos?
― Tá marcado aqui ó: trocar lâmpadas, uma torneira pingando, pegar um morcego que entrou ontem de noite e ela fechou na sala, tirar um ninho de pomba que está sendo feito no alto da varanda, e alguma coisinha mais…
― Eram só duas lâmpadas queimadas, que nem faziam muita falta e já troquei, o tal morcego não passava de uma borboleta, e o ninho o jardineiro tirou. Acho que só sobra a torneira pingando, mas já mandei colocar uma nova pra resolver de vez.
― O senhor é o marido?
― Sou. O marido adquirido!
― Mas ela disse que o senhor fez uma cirurgia e não podia pegar peso nem subir na escada…
― Exagero dela. Foi coisinha à toa. Já tô ótimo. O que eu não posso mesmo é cair da escada…
― Então tá. Acho que fica pra outra vez então.
― Fica. Escuta, Brito, a tua firma também tem mulher de aluguel?
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=ZXFginzWtFc[/youtube]
[…]“O remorso talvez seja a causa
Do seu desespero
Ela deve estar bem consciente
Do que praticou,
Me fazer passar esta vergonha
Com um companheiro”
[…]
“Marido de Aluguel”, já havia. Você criou a “Mulher de Aluguel”.
Fica faltando, agora, o (a) “Amante de Aluguel”…
Mas… deixa pra lá. Nesse quesito a Lei do Inquilinato é muito complicada.
Acontecido, Brenno.
A dona Maria Delucena “me fazer passar esta vergonha com um companheiro”…
“Companheiro”??? Você também está no ramo de “prestação de serviços”?
Gama, adorei o texto e assisti ao vídeo de uma das mais bonitas músicas da MPB da qual conheço várias gravações. Vi que o vídeo é de um programa da TV Cultura.
É bom lembrar que amanhã, 26/10, Milton Nascimento vira setentão, bem como Paulinho da Viola no próximo dia 12/11.
Abraço,
André
Antonio, acabo de ler – de uma risada só – o último livro do Verissimo: “Diálogos Impossíveis”. Nele, Don Juan tenta seduzir a Morte, Goya e Picasso papeiam, Drácula e Batman discutem no asilo… Crônicas engraçadíssimas. Enfim, todo esse preâmbulo para lhe dizer que não me espantaria se “Vingança” estivesse no livro. O mestre assinaria.
Beijocas!
Hahaha!! Pai se esse foi o diálogo, e foi mesmo, não consigo nem imaginar o da mamãe com
o marido de aluguel, deve ter sido mais
Surreal ainda: “alô, preciso de um
Marido”; “pois não, senhora, pronto pra atender”; “o senhor conhece bem morcego?” “não, senhora, esse aí é o Batman, sou só marido mesmo”; “mas o senhor tem o telefone desse Batman? Ele tb sabe trocar lâmpada? Meu marido de verdade não presta pra nada, fica o dia todo escrevendo poesia, e agora tá cego coitado, não pode nem com escada, Alô? Batman, seu Brito? Alô, ó vê aí pra mim qto fica um morcego, duas lampadas, um pombo com ninho junto, a torneira e…o senhor compra cigarro? É Charme, maço hein, não caixa..alô, e lexotan, precisa de receita???”
Carol, perfeito (e bem feito) o papo antecedente para contratar o Brito!
O meu com ele foi exatamente como descrito.
Como você disse naquele nosso chat da família Gama (e emocionou muito sua mãe e a mim) “Eeee, somos muito felizes na Rage Secaf, não?”
A Macena é demais. O diálogo do Papilly é incrível mas a Carol mandou muito bem com o “é Charm maço”! Tô chorando de rir!
hahahahaha, Carol…ADOREI seu comentário! Tanto adorei que copiei e guardei. Tá simplesmente o máximo esse seu comentário! Super criativo, inteligente, divertido – o máximo!
Meu marido é engenheiro “elétrico” no país dele, “eletricista” no Brasil. Mas, ele não serve prá nada..hahahaha…brincadeirinha, ele se esforça..rs..
Um dia passou por mim na rua uma caminhonetinha escrito “marido de aluguel”, consertamos tudo, fazemos mil coisas etc. Fiquei pensando no tal do politicamente correto que, às vezes, acho certo, às vezes, abomino. Mais abomino, na verdade. E fiquei pensando que, pô, eu não preciso de marido prá trocar lâmpada nem prá praticamente nada! hehehe…
Adorei o post, Antonio. Beijo prá Carol. Ela é a mãe da Manu?
Sim, Sophie, Carol é a mãe da Manu.
E eu sou mesmo meio(?) desastrado em casa…
Olá manovéio. Um pouco atrasado mas ainda a tempo, lembrei-me de uma história de um morcego abatido a “copadas”. Acredito que o mano Brenno ainda se recorde do acontecido e de quanto v. se esforça para livrar seus próximos dos perigosos mamíferos voadores. De toda forma, admirei-me de sua performance em despistar o tal “marido”. Ora, ele que vá “maridar” em outro lugar. rsrsrs.