“Abismo de rosas” (Américo Jacomino, “Canhoto”), Raphael Rabello
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Tida por muitos como sendo da autoria de Dilermando Reis (que fez um arranjo clássico e se tornou um dos seus maiores intérpretes), a valsa “Abismo de Rosas” foi composta na verdade por Canhoto (Américo Jacomino), quando tinha apenas 16 anos e acabara de ser abandonado pela namorada, filha de um ex-escravo.
Canhoto realizou três gravações, a primeira como “Acordes do Violão” em 1916, a segunda já como “Abismo de Rosas” em 1925 e a terceira em 1927, sendo esta uma das primeiras da era de gravações elétricas no Brasil. João do Sul escreveu uma letra para a melodia, gravada entre outros por Francisco Petrônio (aqui).
Filho de imigrantes napolitanos, Canhoto nasceu na Rua do Carmo, em São Paulo, em fevereiro de 1889 e morreu no dia 7 de setembro de 1928. Jamais frequentou escola, tendo aprendido música, bem como a ler e escrever com seu irmão mais velho Ernesto, que tocava violão e bandolim. Desde garoto Canhoto interessou-se por violão, que ele tocava, mesmo sem inverter as cordas, na posição de canhoto, o que deu origem a seu nome artístico.
Canhoto (o primeiro à esquerda de quem olha, segurando o violão) com amigos.