Selma Barcellos
CANÇÃO DA ESPERA
Na paisagem
das janelas
surge sempre
um rio
que ela segue
com olhos de horizonte
e sorrisos de lua
até um estuário
de versos
onde as palavras
— presas às margens
feito musgo
feito hera —
aguardam que
poema e vida
se encontrem.
E inaugurem a primavera.
(Montelpuciano, verão de 2012)