ODISSEIA
Não se morre de morte morrida
nem se morre de morte matada.
Não se morre de inopino
nem se morre de destino.
A morte são sutilezas,
coisas que morrem em nós,
esmaecidas, sem beleza,
vão calando a vista
vão turvando a voz
sem que se disse
sem que se visse
até que um dia
aquém, além,
possamos como Ulisses
ser ninguém.
[…] vão calando a vista
vão turvando a voz
sem que se disse
sem que se visse […]
Lindo, Antonio!
Gama, esse poema é de uma beleza imensa, como disse Selma.
Abraçaço.