CHANSON D`AUTOMNE
Paul Verlaine
Les sanglots longs
Des violons
De l’automne
Blessent mon coeur
D’une langueur
Monotone.
Tout suffocant
Et blême, quand
Sonne l’heure,
Je me souviens
Des jours anciens
Et je pleure.
Et je m’en vais
Au vent mauvais
Qui m’emporte
Deçà, delà,
Pareil à la
Feuille morte.
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Quando tinha uns cinco anos, ouvia meu pai declamar em voz alta este poema de Verlaine e, mesmo sem compreender bem, a sonoridade e a cadência me deixavam absolutamente enlevado.
“Isso é poesia”, me disse ele um dia após tentar me explicar o que as palavras significavam.
“Como é possível fazer isso com as palavras?”, pensava comigo.
Mal sabia que um dia estaria num outono em Paris, e traria comigo a poesia.