RECORDO AINDA…
VIII
Mário Quintana
(Para Dyonelio Machado)
Recordo ainda… e nada mais me importa…
Aqueles dias de uma luz tão mansa
Que me deixavam, sempre, de lembrança,
Algum brinquedo novo à minha porta…
Mas veio um vento de Desesperança
Soprando cinzas pela noite morta!
E eu pendurei na galharia torta
Todos os meus brinquedos de criança…
Estrada afora após segui… Mas, ai,
Embora idade e senso eu aparente
Não vos iluda o velho que aqui vai:
Eu quero os meus brinquedos novamente!
Sou um pobre menino… acreditai…
Que envelheceu, um dia, de repente!
Para aquela que me trouxe de volta a criança de mim.
Gama, todo mundo tem dentro de si uma criança. A sua foto de quando era criança, em primeiro plano, está tão nostálgica…
Criança é uma das melhores coisas que pode acontecer em nossas vidas.
Abraçaço.
“Os livros de poemas devem ter margens largas […] e suficientes claros nas páginas para que as crianças possam enchê-los de desenhos – gatos, homens, aviões, casas, chaminés, árvores, luas, pontes […], tranças, estrelas – que passarão a fazer parte do poema.”
Antonio e Manu seguiram os quintanares: salpicaram estrelas nas margens. Poemas.
Beijocas!