Semana Vinicius de Moraes (Poema dos olhos da amada)

 

 

“Poema dos olhos da amada” (Vinicius de Moraes / Paulo Soledade)

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=sz8CrFTgHLs[/youtube]

 

 

“Oh, minha amada

Que olhos os teus

 

São cais noturnos

Cheios de adeus

São docas mansas

Trilhando luzes

Que brilham longe

Longe nos breus

 

Oh, minha amada

Que olhos os teus

 

Quanto mistério

Nos olhos teus

Quantos saveiros

Quantos navios

Quantos naufrágios

Nos olhos teus

 

Oh, minha amada

De olhos ateus

 

Quem dera um dia

Quisesse Deus

Eu visse um dia

O olhar mendigo

Da poesia

Nos olhos teus

 

Oh, minha amada

Que olhos os teus”

 

 

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=yPmz0NMVvBY[/youtube]

 

A canção e a letra-poema são tão lindas que não pude deixar de incluir esta versão com o próprio Vinicius cantando, e muito bem!

Merece o bis.

Aliás, há uma versão com o final diferente e não menos belo da letra-poema, que teria sido modificada para não alongar em demasia a canção.

A partir da estrofe que termina com “Quantos naufrágios / Nos olhos teus”, prossegue assim:

 

“Ó minha amada

Que olhos os teus

 

Se Deus houvera

Fizera-os Deus

Pois não os fizera

Quem não soubera

Que há muitas eras

Nos olhos teus

 

Oh, minha amada

De olhos ateus

 

Cria a esperança 

Nos olhos meus

De verem um dia

O olhar mendigo

Da poesia

Nos olhos teus”

 

 

3 comentários

  1. André
    18/10/13 at 16:08

    Gama, eu sugiro incluir, na descrição do primeiro vídeo, o nome das cantoras: Maria Betânia com declamação da atriz francesa Jeanne Moureau (não sei se é assim que escreve), enquanto no segundo vídeo, interpretada pelo próprio Poetinha.
    Eu dei essa sugestão visando colaborar e ainda mais enriquecer seu blog.
    Você tem toda razão: a música e a letra são lindíssimas.
    Abraçaço.

    • Antonio Carlos A. Gama
      18/10/13 at 18:21

      Mestre André, é que dos próprios vídeos já constam tais informações, por isso achei desnecessário repeti-las.

  2. 18/10/13 at 17:12

    Eu não conhecia a gravação da Bethânia com Jeanne. O poema em francês ficou tão doce…  
    Eis que ouvi com o próprio Vininha, cantando lindamente, como bem disse, e repeti no Bloghetto.
    Merci, Antonio.

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