Adalberto de Oliveira Souza
FREQUÊNCIA
Ao Gama e ao Brenno
Lá estão os mosqueteiros
de aquém
luas e mares,
naufrágios
e sufrágios
particulares
e universais.
Exilado
os vejo
e os revejo,
meus conterrâneos,
sempre na memória
partindo
e voltando
na presença
e na ausência.
Belo poema, Adalberto.
Lindo o poema meu amigo, parabéns.Abraços. genni
“A saudade é um bem maior que a felicidade,
porque é a felicidade que ficou” Manuel Bandeira.
Acho que é isso mesmo, não consegui encontrar o livro para copiar a citação. Se não for isso corrijam-me.
A citação não só está certa, Adalberto, como é linda e significante, como seu poema.
Eis o soneto do nosso Bandeira:
À MANEIRA DE OLEGÁRIO MARIANO [Manuel Bandeira]
Triste flor de milonga ao abandono,
Betsabé, Betsabé, que mal me fazes!
Ontem, a coqueluche dos rapazes,
E agora? pobre pássaro sem dono.
Primavera e verão foram-se. O outono
Chegou. Folhas no chão… Névoas falazes…
E aí vem o inverno… O fim das lindas frases…
O último sonho, e após, o último sono!
As cigarras calaram-se. Era tarde!
E hoje que no teu sangue já não arde
O fogo em que tanta alma se abrasou,
Choras, sem compreenderes que a saudade
É um bem maior do que a felicidade,
Porque é a felicidade que ficou!
Obrigado, amigo.
E lá vai
o cavaleiro
não errante
– instigante…
para além
dos luares
para dentro
dos lugares
dos presságios
das páginas
das palavras.
Na ausência
que nunca foi partida.
Lindo poema, caro amigo e colega..saudades. onde anda vc?
Gama, lindo poema esse do Adalberto.
Que dupla maravilhosa você forma com o Brenno.
E a foto abaixo nos traz um ar tão nostálgico…
Abraçaço.
Ah, esses mosqueteiros de luas e mares… Tão críveis e inatingíveis…
Eles merecem, poeta Adalberto!
Beijocas!
P.S.: Brenno está na foto?
Brenno está atrás, Selminha, cabelinho empastado, com a cabeça entre as duas meninas do meio, Dulce e Cláudia.
O universo particular da amizade, lindo!
Josimara, estou em Maringá uma boa pá de anos. Você continua em Ribeirão?
“Cabelinho empastado”!?!?
Putzgrila!
Cidadão queima as pestanas,
dorme “de touca”,
passa Gumex… Brilcrem…
e…
“cabelinho empastado”
45 anos depois!
Vou rapar a cabeça.
Ou cortá-la.
Cabelinho empastado, sim,
com aquele tubo de “Trim”
que você deixava no banheiro,
passava, alisava, até o fim
tentando ser Beatle por inteiro
mas tanta artimanha inda era pouca
só restava mesmo dormir de touca.