A AURORA
A cinza esparramada.
Depois do espasmo,
do amargo suco consumido.
O panorama refeito
daquele presépio
independente da rua
do trânsito.
Pois na sua mão,
na sua palma
(carnal ou vegetal)
estoura uma aurora
que brilha,
que brilha,
e talvez não murche.
Adalberto de Oliveira Souza
Para que pensar nas cinzas enquanto há fogo? E sempre haverá um novo amanhecer, uma aurora surgindo talvez não da palma, mas entre os dedos. Adorei essas imagens!
Belo, como sempre. E forte.
Eu sempre penso em uma aurora vinda ao amanhecer…