A que sabe o seio?
O seio a tudo sabe
doce de leite
doce deleite.
A que veio o seio?
O seio é o veio de tudo
tez de veludo
remanso agudo.
O seio é puro anseio
do menino que quer vê-lo
da sina da menina ser mulher.
Teu seio em minha mão
não é só o seio-ideia de Platão,
é o mundo todo que sabia, não sei e sei-o.
Leio, leio de novo…. me encanto com a forma como escreve. Bjs
Sonia, minha querida, você que é só ternura em tudo que faz, escreve e divide.
Eu continuo dando caneladas…
Mil beijos!
Lindo Antonio Carlos. Um presente delicado e belo. Você é um ótimo escritor, mas mês encanta sobremaneira a sensibilidade de suas poesias, a riqueza das rimas, a precisão dos versos. Espero que logo nos brinde com um livro.
Tá no forno, Érika…
Você também tem me encantado com o seu blog.
Um beijo.
Um inspiradíssimo Tom Gama… com vc eu tomei o gosto de escrever poesia, além de ter sido importantíssimo na formação da minha sensibilidade, mas eu sempre gostei de poesia e literatura.
O soneto tem 14 versos (2 quartetos – estrofes de 4 versos e 2 tercetos – estrofes de 3 versos; 2 quartetos e um dístico – estrofe de 2 versos ou uma única estrofe).
Alguns dos grandes nomes do soneto em língua portuguesa são: Olavo Bilac (última Flor do Lácio, inculta e bela), Cláudio Manuel da Costa, Cruz e Sousa (vozes veladas, veludosas vozes), Manuel Maria Du Bocage, Augusto dos Anjos, Antero de Quental e Florbela Espanca, além dos mestres Vinícius e Camões.
Abraçaço.
Pois é André, ando subvertendo as regras do soneto, com versos livres, rimas internas e outras travessuras, mantendo apenas os dois quartetos e os dois tercetos.
Há também o soneto inglês, com três quadras (muitas vezes agrupadas) e um dístico destacado, ou ainda, três tercetos e um dístico (onze versos apenas). Shakespeare também andou ousando (nem pensar em alguma comparação com minhas “malasartes”…) escrevendo por vezes apenas um quarteto e um dístico.
Os Dois Irmãos sempre me pareceram um par de seios, daí a canção…
Que poemaço, Antonio!
Beijocas!
beleza de poema e me fez lembrar Drummond com sua “Bunda , que Engraçada”.
“(…)Lá vai sorrindo a bunda. Vai feliz
na carícia de ser e balançar
Esferas harmoniosas sobre o caos.
A bunda é a bunda
redunda”
e viva o Gama, que sei(o) poeta que é mas que de seio, sei.
Permitam-me os circunstantes que, infelizmente atrasado, transcreva aqui a letra de uma canção (da mesma lavra que produziu esse precioso soneto):
ÊXTASE
Ah, eu quero o seu amor inteiro
Ah, eu quero ter você inteira
Sem receio ou restrição
Sem pecado e proibição
Que o amor quando é demais
Sõ encontra paz
Se houver algo mais
Que simples contemplação
Ah eu quero sentir a vida
despertar nessa paixão
e vai ser como ter o mundo
Ter seu seio em minha mão.
Vou explorar seu corpo nu
Vou me perder pra te encontrar
E afinal num doce orgasmo
Eu vou morrer de tanto amar.