Sobre o mármore
insípido
o pequeno inseto
atônito
patinha longitudes
elípticas.
Na vasta superfície
álgida
de pedra e água
afeiçoada
persiste no tracejo
resignado
sem atinar a mão
iminente
que sustém a existência
precária.
Seremos nós esse bicho
errático
a vaguear pela solidão
inóspita
enquanto outra mão
onipotente
concede a graça
sombria
de mais um dia
só mais um dia?