A “garota Selminha”
(by Wayne Miller)
Guardo comigo as lembranças do que eu era-a-a-a… Favor, antes de ouvir a música, entrar no clima dos bailes da vida:
Vestido de cetim, decote-canoa de um ombro ao outro, justinho até a cintura marcada por uma faixa de cor diferente com laço e camélia. A saia meio armada respondia pelos efeitos especiais. Escarpins de brilho perolado. Cabelos? Abafa o caso.
Os rapazes (de smoking, se o baile era de formatura, viravam praticamente um Clooney) chegavam pertinho e sussurravam: _ Dança comigo?
Chato só quando eles vinham em nossa direção e tiravam a amiga ao lado. Tóin! Sem falar no “chá de cadeira” quando os astros não eram por nós. Bad days.
A orquestra de metais tocava uma série de sucessos durante 15, 20 minutos, tempo suficiente para rolarem desde antologias como “Selma, que você almeje tudo que deseje!”, até o mantra repetido pelo figuraça que passava o tempo da dança perguntando o que a gente achava disso ou daquilo. E, invariavelmente concordando, mandava com entonação de época: _ Somam dois!
Claro que seu apelido na roda ficou “Somam dois” e claro que morro de saudades dele. Não sei por onde anda, se “cresceu-vos” e multiplicou, se está somando em Brasília…
De qualquer forma, é dele a música “rosa pink” de hoje. Aquela que deixava a pista lotada e a galera ali, somando emoções. Muitas emoções.
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=9r2pEdc1_lI[/youtube]
_ Gosta dessa música?
_ Somam dois!